Fraudes no e-commerce: como o lojista pode se proteger?

O comércio eletrônico brasileiro vem crescendo ano após ano, impulsionado pela digitalização do consumo e pelo aumento da confiança dos clientes nas compras online. Porém, junto com as oportunidades, cresce também a atuação de golpistas. Em 2024, segundo o Mapa da Fraude da ClearSale, o setor registrou mais de 2,8 milhões de tentativas de fraude, que geraram um prejuízo superior a R$ 3 bilhões.

Esses números acendem um alerta para empresas de todos os portes: compreender como funcionam as fraudes digitais não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para manter a saúde financeira e a credibilidade do negócio.

Como atuam os golpistas no e-commerce
O ambiente digital favorece a sofisticação dos golpes, que vão muito além de simples compras com cartões clonados. Entre os mais comuns, destacam-se:

– Fraude de identidade: uso de dados pessoais de terceiros para realizar compras ilegítimas. Muitas vezes, o consumidor real só descobre o golpe ao receber cobranças indevidas.
– Account takeover: quando criminosos assumem o controle de contas legítimas em sites de e-commerce, utilizando dados vazados ou senhas fracas. A partir daí, conseguem realizar compras ou movimentações sem o consentimento do usuário.
– Chargeback: ocorre quando o titular do cartão nega a compra realizada, intencionalmente ou não, e o lojista é obrigado a arcar com o prejuízo.
– Phishing: envio de mensagens falsas que direcionam a vítima para páginas fraudulentas, nas quais seus dados são capturados e usados em operações criminosas.

Cada um desses golpes gera impactos diferentes, mas todos têm em comum o risco direto para o faturamento e para a reputação do lojista.

O papel da informação na prevenção
Embora a tecnologia seja essencial no combate à fraude, a informação é um pilar igualmente importante. Lojistas que compreendem os conceitos básicos e conhecem os sinais de alerta conseguem identificar riscos mais cedo e estruturar processos internos de forma preventiva.

Por exemplo, entender o que é account takeover ajuda a valorizar medidas simples, como incentivar clientes a criar senhas fortes ou investir em autenticação em duas etapas. Já saber diferenciar um chargeback legítimo de um fraudulento pode evitar que a empresa absorva prejuízos desnecessários.

A informação também capacita equipes a agir de forma mais assertiva. Vendedores, analistas e gestores bem treinados conseguem alinhar a experiência de compra à segurança, reduzindo riscos sem prejudicar a aprovação de pedidos de clientes reais.

Um desafio em constante evolução
Outro ponto crucial é que o cenário das fraudes digitais muda constantemente. Golpistas testam novas técnicas, exploram vulnerabilidades e se adaptam às medidas de segurança implementadas. Isso significa que a educação contínua é tão importante quanto a implementação de soluções tecnológicas.

Estar atualizado sobre tendências, termos e práticas de mercado permite que o lojista não apenas reaja às tentativas de golpe, mas também se antecipe a elas.

Informação como vantagem competitiva
Em um setor cada vez mais competitivo, a segurança também se transforma em diferencial. Consumidores tendem a retornar para lojas que transmitem confiança e que demonstram cuidado com seus dados. Nesse sentido, investir em conhecimento e prevenção não é apenas uma medida de proteção, mas também uma estratégia de crescimento sustentável.

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