Ter o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. Só no primeiro semestre de 2018 foram abertas mais de 1,2 milhões empresas — aumento de 10,7% se comparado a 2017. Desse total, mais de 81% delas são MEIs (microempreendedores individuais) e a maioria começou um negócio pequeno, com estoque em casa e atendimento home-office.
Segundo levantamento realizado pela Loja Integrada, o investimento inicial para abrir um e-commerce em 2018 foi de cerca de R$ 1 mil, se tornando uma opção atrativa para quem quer investir no próprio negócio.
Riscos menores no online
De acordo com Alfredo Soares, diretor da Loja Integrada e fundador da Xtech Commerce, os riscos para abrir um negócio online são mais baixos. Isso, segundo ele, permite ao lojista se arriscar mais, já que não terá gastos com ponto comercial, funcionários etc. “Percebemos que o e-commerce começa como uma alternativa de renda, geralmente em paralelo com outro emprego. Com o crescimento da loja, torna-se o principal negócio. O comércio eletrônico tem atraído muitos empreendedores, pois o investimento inicial pode ser baixo e existe uma flexibilidade na rotina”, explica.
Fintechs e o microempreendedor
Um outro levantamento, dessa vez realizado pela Simplic, revelou que mais de 100 mil brasileiros solicitaram e receberam um empréstimo online com o objetivo de abrir o próprio negócio em 2019. Ele aconteceu entre outubro e dezembro de 2018 e analisou mais de 790 mil solicitações de pessoas de todas as regiões do Brasil.
No ranking por estados, São Paulo ficou em primeiro lugar, somando mais de 28 mil pedidos de crédito concedidos. Foi seguido pelo Rio de Janeiro, com mais de 12 mil solicitações direcionadas para novos negócios e pelo estado da Bahia, com mais de 7 mil pessoas contempladas. Os dados ainda mostram que 51% das solicitações foram realizadas por homens, enquanto 49% por mulheres.